sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cinco Urgências da Missão Evangelizadora da Igreja 2011-2015

2011 – 2015
CINCO URGENCIAS NA MISSÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA

Os Bispos do Brasil, nas recentemente publicadas “Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja” (DGAE – Documento 94 da CNBB), apontaram algumas urgências que devem ser assumidas por todas as Dioceses em sua caminhada pastoral até o ano 2015. Por que urgências? Todos nós percebemos como o mundo mudou e está rapidamente em contínuas mudanças. Diante disso, é urgente assumir um novo modo de evangelizar, centralizado na pessoa de Jesus Cristo e a partir Dele, propondo às pessoas a base sólida da nossa fé e anunciando Jesus a todos, com entusiasmo,  identidade cristã clareza e coragem diante dos desafios.
As chamadas “urgências” são as tarefas da Igreja nestes próximos anos, as orientações de como viver a Igreja em nossos dias, de como evangelizar. São propostas para que, por um lado não fiquemos perdidos diante das rápidas mudanças da sociedade e da cultura e, por outro, não caiamos nas tentações de uma igreja à medida do nosso tempo mas pouco fiel ao Evangelho. Quais são estas tentações? Uma religião sem vínculos com a Comunidade, rápida, fácil, milagreira, que faz prosperar... Uma religião individual e não comunitária; que busca Cristo mas não se preocupa em viver os ensinamentos do Evangelho de Cristo, os valores do Reino de Deus... Uma religião de busca de bem estar pessoal e familiar, mas pouco preocupada com os pobres, os excluídos; sem diálogo com a sociedade e fechada em suas celebrações, pastorais e estruturas...
A grande proposta é a conversão pastoral, transformando a Igreja em uma comunidade acolhedora, cheia de um amor vivo a Jesus e à Sua Palavra, repleta de ardor, de entusiasmo, de vontade de ir ao encontro das pessoas (missionariedade). Para tanto é necessário, em primeiro lugar partir de Jesus Cristo, buscando no Evangelho o seu jeito de amar ao Pai e de relacionar-se com as pessoas. Assim, assumiremos em nossa vida as atitudes de Jesus: orante, em comunhão constante com Deus e também totalmente dedicado ao próximo, generoso, amoroso, cheio de perdão aos inimigos, preocupado com os pobres, os estrangeiros, os necessitados.
As cinco urgências querem ajudar-nos a viver ao lado de Jesus Cristo com mais intimidade e a fazer a Igreja e cada católico mais fiel a Ele e mais preparado para dialogar com a nossa sociedade, afrontando os males do nosso tempo que fecham as pessoas e cria entre elas muros de divisão  como o egoísmo, a busca de satisfações pessoais, o individualismo... males estes que nos afastam da identificação com o Jesus do Evangelho.

1ª urgência = estado permanente de missão
A Igreja nos convida a ir ao encontro de todas as pessoas para anunciar esse Jesus que ama a todos, mas que muitos não conhecem ou amam pouco. A quem devemos anunciar? Aos que não conhecem a Cristo, aos afastados da Igreja, aos que estão longe mas também aos que estão perto. Visitar as casas, as escolas, as prisões, os hospitais, os comércios e locais de trabalho... enfim, fazer do anúncio de Jesus Cristo uma preocupação constante, em nível pessoal e comunitário. Isso implica pensar: quando conversamos com as pessoas, quando visitamos os amigos, o doentes em casa... falamos de Jesus Cristo e do Seu Evangelho? Todas as nossas comunidades, tem em seus projetos e programações pastorais, um dia, um momento, uma ocasião para sair em missão?

2ª urgência = iniciação à vida cristã
Nossa sociedade está deixando de ser cristã; o mundo já não é aquele mundo católico de outrora e os valores do Evangelho são mais transmitidos pelas famílias ... Isso implica repensar a catequese: mais que transmitir conhecimentos doutrinais, ela tem que ajudar as pessoas (crianças, adolescentes, jovens e adultos)  a encontrar-se com Jesus Cristo vivo a partir da Sua Palavra, numa experiência comunitária de fé (Igreja). As comunidades são convidadas a refletir como acolher as pessoas e formá-las não só para os sacramentos (Batismo, Eucaristia e Crisma) mas também oferecer momentos de formação (Catequese Permanente) com um itinerário concreto. Aqui entra a necessidade de uma formação mais especializada principalmente para aqueles que coordenam as Comunidades, Pastorais, Movimentos, Associaçõess e Novas Realidades de Igreja.

3ª urgência = animação bíblica da vida e da pastoral
A Bíblia, Palavra de Deus, nos faz íntimos de Jesus. Nossas comunidades são convidadas a favorecer que todas as pessoas tenham a Bíblia e nela busquem a pessoa de Jesus e os valores do Reino de Deus, encontrando as respostas para as questões que desafiam a fé, ameaçam a família, destroem o sentido comunitário e eclesial, anulam a ética e a esperança. As paróquias devem ser centros de conhecimento bíblico, também para que os cristãos estejam preparados quando os fundamentalistas baterem às nossas portas, confundindo a sã doutrina. A leitura orante da Palavra de Deus precisa fazer parte do dia-a-dia de cada cristão e de cada grupo de Igreja; também os Cursos Bíblicos, os encontros de comunidade... a Bíblia no centro, estudada, rezada, partilhada! Também é importante que nesse aspecto a Palavra de Deus na Liturgia seja melhor realçada; liturgia bem preparada, leituras bem proclamadas, homilias com conteúdo.

4ª urgência = comunidade de comunidades
Não é possível viver a fé cristã fora da vida de comunidade, como também a grande maioria dos católicos não pode continuar apenas frequentar a Missa dominical sem fazer parte de algum grupo menor. Nos pequenos grupos temos oportunidade de crescer e aprofundar na fé e no conhecimento de Cristo e da doutrina da Igreja, experimentar a fraternidade cristã e  realizar a doação de nós mesmos a serviço do próximo. Contudo, estes grupos como as CEBs ou outras comunidades, grupos de reflexão, de oração ou de quarteirão, Pastorais, movimentos, associações e grupos por faixa etária (jovens, casais, idosos) não podem ser isolados entre si ou talvez até em oposição: faz-se urgente pensar uma rede de comunidades muito unidas apesar de suas diferenças. Também é preciso pensar a setorização das Paróquias em pequenos núcleos, mais próximos das pessoas (capelas ou locais de culto nos bairros e periferias), onde a Igreja possa ir se fazendo cada vez mais presente.

5ª urgência = a serviço da vida
O compromisso com Jesus nos faz comprometidos com a  dignidade do ser humano, a defesa da vida (desde a vida não nascida, ainda no ventre materno – nascituro, até o ocaso da vida) e o serviço à vida, preocupando-nos com as condições de vida dos excluídos, ignorados, idosos abandonados, violentados, explorados, drogados etc. Uma Igreja que sai ao encontro de quem tem a vida ameaçada com a caridade pessoal e institucional mas também engajando-se na sociedade e nas estruturas da cidade (conselhos de saúde, de segurança, de alimentação por exemplo) em busca de um mundo mais justo, fraterno e solidário.

Nossa Diocese de Jaboticabal incorporou as cinco urgências em seu novo plano pastoral 2011-2015, recentemente proposto na 6ª Assembleia Diocesana de Pastoral. Todas as pastorais, movimentos, associações e novas realidades eclesiais, bem como todas as paróquias são convidadas a falar a mesma linguagem ainda que seja preciso romper com estruturas pastorais antigas que já não respondem às necessidades dos homens e mulheres de hoje.
Desejamos muito que todos os nosso coordenadores de CPPs, CAEPs, Pastorais, Movimentos, Associações e Novas realidades, bem como todos os leigos engajados conheçam as Diretrizes da CNBB e o nosso Plano Pastoral, reflitam sobre eles e se deixem guiar por suas inspirações!

Pe. Marcelo Adriano Cervi
Coordenador Diocesano de Pastoral – Diocese de Jaboticabal

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O que foi o Concílio Vaticano II?

Foi uma série de conferências realizadas entre 1962 e 1965, consideradas o grande evento da Igreja Católica no século 20. Com o objetivo de modernizar a Igreja e atrair os cristãos afastados da religião, o papa João XXIII convidou bispos de todo o mundo para diversos encontros, debates e votações no Vaticano.
Da pauta dessas discussões constavam temas como os rituais da missa, os deveres de cada padre, a liberdade religiosa e a relação da Igreja com os fiéis e os costumes da época. "O Concílio tocou em temas delicados, que mudaram a compreensão da Igreja sobre sua presença no mundo moderno. Foram repensadas, por exemplo, as relações com as outras igrejas cristãs, o judaísmo e crenças não-cristãs", diz o teólogo Pedro Vasconcelos, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
Após três anos de encontros, as autoridades católicas promulgaram 16 documentos como resultado do Concílio. Muitas novidades apareceram nas questões teológicas e na hierarquia da Igreja. As missas passaram a ser rezadas na língua de cada país - antes eram celebradas sempre em latim!
Abaixo listamos os documentos promulgados,

Constituições
·       Dei Verbum - Constituição Dogmática Sobre a Revelação Divina;
·       Lumen Gentium - Constituição Dogmática Sobre a Igreja;
·       Sacrosanctum Concilium - Constituição Conciliar Sobre a Sagrada Liturgia;
·       Gaudium et Spes - Constituição Pastoral Sobre a Igreja No Mundo Actual.
Declarações
·       Gravissimum Educationis - Sobre a Educação Cristã;
·       Nostra Aetate - Sobre a Igreja e as Religiões Não-Cristãs;
·       Dignitatis Humanae - Sobre a Liberdade Religiosa.
Decretos
·       Ad Gentes - Sobre a Atividade Missionária  da Igreja;
·       Presbyterorum Ordinis - Sobre o Ministério e a Vida dos Sacerdotes;
·       Apostolicam Actuositatem - Sobre o Apostolado dos Leigos;
·       Optatam Totius - Sobre a Formação Sacerdotal;
·       Perfectae Caritatis - Sobre A Conveniente Renovação da Vida Religiosa;
·       Christus Dominus - Sobre o Múnus Pastoral dos Bispos Na Igreja;
·       Unitatis Redintegratio - Sobre o Ecumenismo;
·       Orientalium Ecclesiarum - Sobre as Igrejas Orientais Católicas;
·       Inter Mirifica - Sobre os Meios de Comunicação Social .

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Área Santa Rita de Cássia Participa da III Assembleia do Povo de Deus da Diocese de Cametá

A área pastoral Santa Rita de Cássia esteve presente na Assembléia do Povo de Deus com seus delegados: Pe. Zenildo, Zizi, Carlão, Mario Jorge, Socorro Siqueira, Enoly, Haiane, Carlos, Ilzete, Neiva, Dores e Damião, Graça e Alberto Resque.
F
oram momentos de muito aprendizado, a parte oficial iniciou com o o Bispo informando o objetivo da Assembleia e a entrega das bandeiras as delegações das paroquias e áreas presentes.
As reflexões tiveram com iluminação a analise da conjuntura do nosso estado, do Brasil e do mundo, em seguida foi mostrado dados estatísticos da realidade econômica das cidades onde a prelazia se faz presente.
Na área pastoral foi relembrado as orientações dos documentos da Igreja, Vaticano II, Santo Domingo, Aparecida. Abrindo a cada apresentação espaço para que representantes da assembléia se manifestassem sobre os assuntos abordados.
Depois foi apresentado as diretrizes gerais da Igreja no Brasil.
Após estas explanações e os comentários dos delegados, foram encaminhados os trabalhos em grupos para a definição de propostas das ações prioritárias da Diocese para os próximos 6 anos.
As propostas foram expostas à plenária que por meio de votação escolheu as cinco prioridades para serem trabalhadas.
Na próxima reunião do conselho pastoral será encaminhado a luz destas prioridades, quais as ações que serão tomadas.
O Bispo solicitou que todas as paróquias assumam estas prioridades escolhidas na assembléia.
Desta assembleia, tiramos as seguinte mensagem: "Termos a consciência do Ser Católico e, Comunidades gerando comunidades".






DECRETO AD GENTES

Em Roma, 7 de Dezembro de 1965,  PAPA PAULO VI assinou o Decreto AD Gentes que transcrevemos abaixo de forma resumida, para leitura na integra acessar - http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decree_19651207_ad-gentes_po.html.


DECRETO
AD GENTESSOBRE A ATIVIDADE
MISSIONÁRIA  DA IGREJA
 
PROÉMIO 
A vocação missionária da Igreja
1. A Igreja, enviada por Deus a todas as gentes para ser «sacramento universal de salvação», (1) por íntima exigência da própria catolicidade, obedecendo a um mandato do seu fundador (2), procura incansàvelmente anunciar o Evangelho a todos os homens. Já os próprios Apóstolos em que a Igreja se alicerça, seguindo o exemplo de Cristo, «pregaram a palavra da verdade e geraram as igrejas» (3). Aos seus sucessores compete perpetuar esta obra, para que «a palavra de Deus se propague ràpidamente e seja glorificada (2 Tess. 3,1), e o reino de Deus seja pregado e estabelecido em toda a terra.
No estado actual das coisas, de que surgem novas condições para a humanidade, a Igreja, que é sal da terra e luz do mundo (4), é com mais urgência chamada a salvar e a renovar toda a criatura, para que tudo seja instaurada em Cristo e n'Ele os homens constituam uma só família e um só Povo de Deus.
Por isso, este sagrado Concílio, agradecendo a Deus a grandiosa obra já realizada pelo esforço generoso de toda a Igreja, deseja delinear os princípios da actividade missionária e reunir as forças de todos os fiéis, para que o Povo de Deus, continuando a seguir pelo caminho estreito da cruz, difunda por toda a parte o reino de Cristo, Senhor e perscrutador dos séculos (5), e prepare os caminhos para a sua vinda.

CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS DOUTRINAIS
Desígnio do Pai
2. A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na «missão» do Filho e do Espírito Santo (6).

Missão do Filho
3. Este desígnio universal de Deus para a salvação do género humano realiza-se não sòmente dum modo quase secreto na mente humana, ou por esforços, ainda que religiosos, pelos quais os homens de mil maneiras buscam. a Deus a ver se conseguem chegar até Ele ou encontrá-l'O, embora Ele não esteja longe de cada um de nós (cfr. Act. 17, 27); com efeito, estes esforços precisam de ser iluminados e purificados, embora, por benigna determinação da providência de Deus, possam algumas vezes ser considerados como pedagogia ou preparação evangélica para o Deus verdadeiro (8). Para estabelecer a paz ou a comunhão com Ele e uma sociedade fraterna entre os homens, apesar de pecadores, Deus determinou entrar de modo novo e definitivo na história dos homens, enviando o seu Filho na nossa carne para, por Ele, arrancar os homens ao poder das trevas e de satanás (9) e n'Ele reconciliar o mundo consigo (10). Constituiu, portanto, herdeiro de todas as coisas Aquele por quem fizera tudo(11), para n'Ele tudo restaurar (12).

Missão do Espírito Santo
4. Para isso, precisamente, enviou Cristo o Espírito Santo da parte do Pai, para realizar no interior das almas a sua obra salvadora e impelir a Igreja à sua própria dilatação. Não há dúvida de que o Espírito Santo já actuava no mundo antes de Cristo ser glorificado (19). Contudo, foi no dia de Pentecostes, em que desceu sobre os discípulos para ficar para sempre com eles (20), que a Igreja foi pùblicamente manifestada diante duma grande multidão, que a difusão do Evangelho entre os gentios por meio da pregação . teve o seu início, e que, finalmente, a união dos povos numa catolicidade de fé foi esboçada de antemão na Igreja da nova Aliança, a qual fala em todas as línguas e entende e abraça todas as línguas na sua caridade, superando assim a dispersão de Babel (21). Pelo Pentecostes começaram os «actos dos Apóstolos», como pela descida do Espírito Santo sobre Maria fora concebido Cristo, e como pela descida do mesmo Espírito Santo sobre Cristo, quando orava, fora o Senhor impelido à obra do seu ministério (22). O próprio Senhor Jesus, antes de dar livremente a sua vida pelo mundo, de tal maneira dispôs o ministério apostólico e de tal forma prometeu enviar o Espírito Santo, que a ambos associava na tarefa de levar a cabo sempre e em toda a parte a obra da salvação (23). O Espírito Santo é quem «unifica na comunhão e no ministério, e enriquece com diversos dons hierárquicos e carismáticos» (24) toda a Igreja através dos tempos, dando vida às instituições eclesiásticas (25), sendo como que a alma delas, e instilando nos corações dos fiéis aquele mesmo espírito de missão que animava o próprio Cristo. Por vezes precede visivelmente a acção apostólica (26), como também incessantemente a acompanha e dirige de vários modos (27).

A Igreja enviada de Cristo
5. O Senhor Jesus, logo desde o princípio «chamou a Si alguns a quem Ele quis, e escolheu doze para andarem com Ele e para -os mandar a pregar» (Mc. 3,13) (28). Os Apóstolos foram assim a semente do novo Israel e ao mesmo tempo a origem da sagrada Hierarquia. Depois, realizados já definitivamente em Si, pela sua morte e ressurreição, os mistérios da nossa salvação e da renovação do universo, o Senhor, com todo o poder que adquiriu no céu e na terra (29), antes de subir ao Céu (30) fundou a sua Igreja como sacramento de salvação e enviou os seus Apóstolos a todo o mundo tal qual Ele também tinha sido enviado pelo Pai (31), dando-lhes este mandato: «Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo quanto vos prescrevi» (Mt. 28, 19-20). «Ide por todo o mundo, proclamai a Boa Nova a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado, será salvo; mas quem não acreditar, será condenado» (Mc. 16,15 ss.). Daí vem à Igreja o dever de propagar a fé e a salvação de Cristo, tanto em virtude do expresso mandamento que dos Apóstolos herdou a Ordem dos Bispos ajudada pelos presbíteros em união com o sucessor de Pedro e sumo pastor da Igreja, como em virtude da vida comunicada aos seus membros por Cristo, «do qual o corpo todo inteiro bem ajustado e coeso por toda a espécie de junturas que o alimentam, com a acção proporcionada a cada membro, realiza o seu crescimento em ordem à própria edificação na caridade» (Ef. 4,16). A missão da Igreja realiza-se pois, mediante a actividade pela qual, obedecendo ao mandamento de Cristo e movida pela graça e pela caridade do Espírito Santo, ela se torna actual e plenamente presente a todos os homens ou povos para os conduzir à fé, liberdade e paz de Cristo, não só pelo exemplo de vida e pela pregação mas também pelos sacramentos e pelos restantes meios da graça, de tal forma que lhes fique bem aberto caminho livre e seguro para participarem plenamente no mistério de Cristo.

Actividade missionária da Igreja: seus diversos modos
6. Esta tarefa que deve ser levada a cabo pela Ordem dos Bispos presidida pelo sucessor de Pedro e com a oração e a cooperação de toda a Igreja, é uma e a mesma em toda a parte, sejam quais forem os condicionalismos, embora difira quanto ao exercício conforme as circunstâncias. Mas as diferenças que nesta actividade da Igreja se têm de reconhecer, não se originam na natureza íntima da «missão», mas nos condicionalismos em que essa «missão» se exerce.

Actividade missionária da Igreja: suas causas e necessidades
7. A razão desta actividade missionária vem da vontade de Deus, que «quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Ora há um só Deus, e um só que é mediador de Deus e dos homens, o homem Cristo Jesus, que se deu a si mesmo como preço de resgate por todos» (l Tim. 2, 4-6), «e não há salvação em nenhum outro» (Act. 4,12). Portanto, é preciso que todos se convertam a Cristo conhecido pela pregação da Igreja e que sejam incorporados, pelo Baptismo, a Ele e à Igreja, seu corpo. O próprio Cristo, aliás, ao inculcar por palavras expressas a necessidade da fé e do Baptismo (37), confirmou também, por isso mesmo, a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Baptismo, que é como que a porta de entrada. Por isso, não se poderiam salvar aqueles que, não ignorando que Deus fundou por intermédio de Jesus Cristo a Igreja católica como necessária, não quisessem, apesar disso, entrar nela ou nela perseverar» (38). Por isso também, embora Deus, por caminhos que só Ele sabe, possa conduzir à fé, sem a qual é impossível ser-se-Lhe agradável (39), os homens que ignoram o Evangelho sem culpa sua, incumbem à Igreja, apesar de tudo, a obrigação (40) e o sagrado direito de evangelizar. Daí vem que a actividade missionária conserve ainda hoje e haja de conservar sempre toda a sua eficácia e a sua necessidade.

Actividade missionária da Igreja na vida e na história humana
8. Também com a própria natureza humana e suas aspirações tem íntima conexão a actividade missionária. Com efeito, ao dar a conhecer Cristo, a Igreja revela, por isso mesmo, aos homens a genuína verdade da sua condição e da sua integral vocação, pois Cristo é o princípio e o modelo da humanidade renovada e imbuída de fraterno amor, sinceridade e espírito de paz, à qual todos aspiram.

Carácter escatológico da actividade missionária da Igreja
9. A actividade missionária desenrola-se entre o primeiro e o segundo advento do Senhor, em que a Igreja há-de ser reunida dos quatro ventos como uma colheita, no reino de Deus (48). Mas antes de o Senhor vir, tem de ser pregado o Evangelho a todos os povos (49).

CAPÍTULO II
A OBRA MISSIONÁRIA EM SI MESMA
Introdução: A actividade missionária da Igreja no mundo actual
10. Enviada por Cristo a manifestar e a comunicar a todos os homens e povos a caridade de Deus, a Igreja reconhece que tem de levar a cabo uma ingente obra missionária. É que, na verdade, dois biliões de homens, número que cresce de dia para dia, em grandes e determinados agrupamentos, unidos por laços estáveis de vida cultural, por antigas tradições religiosas, por estreitos vínculos de relações sociais, ou ainda não receberam a mensagem do Evangelho, ou mal ouviram falar dela; dentre eles, uns seguem alguma das grandes religiões, outros permanecem estranhos ao conhecimento de Deus, outros negam expressamente a sua existência, ou até mesmo a atacam. A fim de poder oferecer a todos o mistério de salvação e a vida trazida por Deus, a Igreja deve inserir-se em todos esses agrupamentos, impelida pelo mesmo movimento que levou o próprio Cristo, na incarnação, a sujeitar-se às condições sociais e culturais dos homens com quem conviveu.
Art. 1
O TESTEMUNHO CRISTÃO
Testemunho de vida e diálogo
11. A Igreja tem de estar presente a estes agrupamentos humanos por meio dos seus filhos que entre eles vivem ou a. eles são enviados. Com efeito, todos os fiéis cristãos, onde quer que vivam, têm obrigação de manifestar, pelo exemplo da vida e pelo testemunho da palavra, o homem novo de que se revestiram pelo Baptismo, e a virtude do Espírito Santo por quem na Confirmação foram robustecidos, de tal modo que os demais homens, ao verem as suas boas obras, glorifiquem o Pai (1) e compreendam, mais plenamente o sentido genuíno da vida humana e o vínculo universal da comunidade humana.

Presença da caridade
12. A presença dos cristãos nos agrupamentos humanos seja animada daquela caridade com que Deus nos amou, e com a qual quer que também nós nos amemos uns aos outros (2).

Art. 2
A PREGAÇÃO DO EVANGELHO E A REUNIÃO DO POVO DE DEUS
Evangelização e conversão
13. Sempre que Deus abre a porta da palavra para anunciar o mistério de Cristo (7) a todos os homens (8), com confiança e constância (9) seja anunciado (10) o Deus vivo, e Aquele que Ele enviou para a salvação de todos, Jesus Cristo(11), para que os não-cristãos, sob a inspiração interior do Espírito Santo (12), se convertam livremente à fé no Senhor, e adiram sinceramente Aquele que, sendo «caminho, verdade e vida» (Jo. 14,6), cumula todas as suas esperanças espirituais, mais ainda, supera-as infinitamente. Esta conversão há-de considerar-se como inicial, mas suficiente para o homem cair na conta de que, arrancado ao pecado, é introduzido no mistério do amor de Deus, que o chama a entabular relações pessoais consigo em Cristo. Pois, sob a acção da graça de Deus, o neo-convertido inicia o caminho espiritual pelo qual, comungando já pela fé no mistério da morte e ressurreição, passa do homem velho ao homem novo que tem em Cristo a sua perfeita realização (13).

Catecumenado e iniciação cristã
14. Aqueles que receberam de Deus por meio da Igreja a fé em Cristo (17), sejam admitidos ao catecumenado, mediante a celebração de cerimónias litúrgicas; o catecumenado não é mera exposição de dogmas e preceitos, mas uma formação e uma aprendizagem de toda a vida cristã; j prolongada de modo conveniente, por cujo meio os discípulos se unem comi Cristo seu mestre. Por conseguinte, sejam os catecúmenos conveniente: mente iniciados no mistério da salvação, na prática dos costumes evangélicos, e com ritos sagrados, a celebrar em tempo sucessivos (18), sejam introduzidos na vida da fé, da liturgia e da caridade do Povo de Deus.

Art. 3
A FORMAÇÃO DA COMUNIDADE CRISTÃ
Formação da comunidade cristã
15. O Espírito Santo, que chama todos os homens a Cristo pelas  sementes do Verbo e pela pregação do Evangelho e suscita nos corações a homenagem da fé, quando gera no seio da fonte baptismal para uma nova vida os que crêem em Cristo, reune-os num só Povo de Deus que é graça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido»

Constituição do clero local
16. Com imensa alegria, a Igreja dá graças pelo dom inapreciável da vocação sacerdotal que Deus concedeu a tão avultado número de jovens entre os povos recentemente convertidos a Cristo. A Igreja, efectivamente, lança raízes mais vigorosas em cada agrupamento humano, quando as várias comunidades de fiéis tiram dentre os seus membros os próprios ministros da salvação na ordem dos Bispos, dos presbíteros e dos diáconos, que servem os seus irmãos, de tal sorte que as jovens igrejas adquirem a pouco e pouco a estrutura diocesana com clero próprio.

Formação dos catequistas
17. De modo semelhante, é digno de elogio aquele exército com tantos méritos na obra das missões entre pagãos, o exército dos catequistas, homens e mulheres, que, cheios do espírito apostólico, prestam com grandes trabalhos uma ajuda singular e absolutamente necessária à expansão da fé e da Igreja.

Promoção da vida religiosa
18. Desde o período da implantação da Igreja, deve ter-se o cuidado de promover a vida religiosa; esta não sòmente presta ajuda preciosa e absolutamente necessária à actividade missionária, mas, por uma consagração mais íntima feita a Deus na Igreja, manifesta e significa com esplendor também a natureza íntima da vocação cristã. (44)

CAPÍTULO III
AS IGREJAS PARTICULARES
Incremento das Igrejas jovens
19. A obra de implantação da Igreja num determinado agrupamento humano atinge em certa medida o seu termo, quando a comunidade dos fiéis, enraizada já na vida social e adaptada à cultura local, goza de alguma estabilidade e firmeza: com recursos próprios, ainda que insuficientes, de clero local, de religiosos e de leigos; possui já os ministérios e instituições necessárias para viver e desenvolver a vida do Povo de Deus, sob a orientação do próprio Bispo.

A sua actividade missionária
20. A igreja particular, pela obrigação que tem de representar o mais perfeitamente possível a Igreja universal, deve ter consciência que foi também enviada aos habitantes do mesmo território que não crêem em Cristo, a fim de ser, pelo testemunho da vida de cada um dos fiéis e de toda a comunidade, um sinal a mostrar-lhes Cristo.

Promoção do apostolado dos leigos
21. A Igreja não está fundada verdadeiramente, nem vive plenamente, nem é o sinal perfeito de Cristo entre os homens se, com a Hierarquia, não existe e trabalha um laicado autêntico. De facto, sem a presença activa dos leigos, o Evangelho não pode gravar-se profundamente nos espíritos, na vida e no trabalho de um povo. Por isso, é necessário desde a fundação da Igreja prestar grande atenção à formação dum laicado cristão amadurecido.

Diversidade na Unidade
22. A semente da palavra de Deus, germinando em boa terra, regada pelo orvalho divino, absorve a seiva, transforma-a e assimila-a para produzir fruto abundante. Certamente, de modo análogo à economia da encarnação, as igrejas jovens, enraizadas em Cristo e construídas sobre o fundamento dos Apóstolos, recebem, por um maravilhoso intercâmbio, todas as riquezas das nações que foram dadas a Cristo em heranças. Recebem dos costumes e das tradições dos seus povos, da sabedoria e da doutrina, das artes e das disciplinas, tudo aquilo que pode contribuir para confessar a glória do criador, ilustrar a graça do Salvador, e ordenar, como convém, a vida cristã (9).

CAPÍTULO IV
OS MISSIONÁRIOS
A vocação missionária
23. Embora a todo o discípulo de Cristo incumba a obrigação de difundir a fé conforme as suas possibilidades(1), Cristo Senhor chama sempre dentre os discípulos os que Ele quer para estarem com Ele e os enviar a evangelizar os povos (2). E assim, mediante o Espírito Santo, que para utilidade comum reparte os carismas como quer (3), inspira no coração de cada um a vocação missionária e ao mesmo tempo suscita na Igreja Institutos (4), que assumem, como tarefa própria, o dever de evangelizar, que pertence a toda a Igreja.

Espiritualidade missionária
24. Porém, ao chamamento de Deus, o homem deve responder de forma tal que, sem se deixar guiar pela carne e sangue(7), todo ele se entregue à obra do Evangelho. Mas esta resposta não pode ser dada senão por impulso e virtude do Espírito Santo. O enviado entra, portanto, na vida e missão d'Aquele que «a si mesmo se aniquilou tomando a forma de servo» (Fil. 2,7). Por conseguinte, deve estar pronto a perseverar toda a vida na vocação, a renunciar a si e a todas as suas coisas, e a fazer-se tudo para todos (8).

Formação espiritual e moral
25. Para tão sublime empresa, há-de o futuro missionário preparar-se com esmerada formação espiritual e moral (15). Deve, com efeito, ser capaz de tomar iniciativas, constante para levar a cabo as obras, perseverante nas dificuldades, suportando com paciência e fortaleza a solidão, a fadiga, o trabalho infrutuoso. Com espírito aberto e coração dilatado, irá ao encontro dos homens; abraçará de boa vontade os trabalhos que lhe confiarem; adaptar-se-á também generosamente aos diversos costumes e variadas condições dos povos; com ânimo concorde e mútua caridade colaborará com seus irmãos e com todos quantos se consagram à mesma empresa, de maneira que, juntamente com os fiéis, imitando a comunidade apostólica, tenham um só coração e uma só alma (16).

Formação doutrinal e apostólica
26. Os que forem enviados aos diversos povos, como bons ministros de Cristo, devem ser alimentados «com a palavra da fé e da boa doutrina» (1 Tim. 4,6), a qual haurirão primeiramente na Sagrada Escritura, perscrutando o mistério de Cristo, de quem serão arautos e testemunhas.

Institutos missionários
27. Tudo isto, embora absolutamente necessário a cada um dos enviados ao campo do apostolado, na realidade, dificilmente pode ser conseguido pelos indivíduos isolados. Visto que a mesma obra missionária, como prova a experiência, não pode ser realizada pelos indivíduos isolados, a vocação comum reuniu-os em Institutos, nos quais, pelo esforço comum, se formassem convenientemente e executassem essa tarefa em nome da Igreja e segundo a vontade da autoridade hierárquica. Os Institutos, desde há muitos séculos que têm suportado o peso do dia e do calor, consagrando-se inteiramente ou em parte à empresa apostólica. Muitas vezes a Santa Sé confiou à sua evangelização vastos territórios, nos quais reuniram para Deus um novo povo, uma igreja local à volta dos seus próprios pastores. A essas igrejas, fundadas à custa do seu suor e até do seu sangue, prestarão serviço com zelo e experiência em fraterna cooperação, já na cura das almas, já em cargos especiais em função do bem comum.

CAPÍTULO V
A ORGANIZAÇÃO DA ACTIVIDADE MISSIONÁRIA
Introdução: sua necessidade
28. Os fiéis, em virtude de possuirem dons diferentes (1), devem colaborar no Evangelho, cada um segundo as suas possibilidades, aptidões, carismas e ministérios (2); é ainda necessário que todos, os que semeiam e os que segam (3), sejam um só (4), a fim de que, «conspirando livre e ordenadamente para o mesmo fim» (5), empreguem unânimemente as suas forças na edificação da Igreja.
Por isso, os trabalhos dos arautos do Evangelho e os auxílios dos restantes fiéis devem ser orientados e unidos de modo a que tudo se faça com ordem (1 Cor. 14,40) em todas as actividades e esferas da cooperação missionária.
Organização geral
29. O cuidado de anunciar o Evangelho em todas as partes da terra pertence, antes de mais, ao corpo episcopal (6); por isso, o Sínodo episcopal ou «Conselho permanente de Bispos para toda a Igreja» (7), entre os assuntos de importância geral (8), deve atender de modo especial à actividade missionária, que é a principal e a mais sagrada da Igreja (9).
Organização local das missões
30. Para que, no exercício da obra missionária, se atinjam os fins e os resultados, devem todos os operários missionários ter um «só coração e uma só alma» (Act. 4,32).
Organização regional
31. As Conferências episcopais resolvam, de comum acordo, as questões mais graves e os problemas mais urgentes, sem menosprezarem, contudo, as diferenças locais (12). Para não dissipar o número já insuficiente de pessoas e de subsídios e não multpilicar sem necessidade as iniciativas, recomenda-se a fundação de obras comuns que sirvam o bem de todos; por exemplo, seminários, escolas superiores e técnicas, centros de pastoral, catequética, liturgia e dos meios de comunicação social.
Organize-se igualmente uma oportuna cooperação entre as diversas Conferências episcopais.
Actividade dos Institutos missionários
32. E ainda da máxima importância coordenar as actividades exercidas pelos Institutos ou Associações eclesiásticas. Todos eles, seja qual for o seu género, devem secundar o Ordinário do lugar, em tudo o que se relaciona com a actividade missionária. Por isso, aproveitará muito realizar acordos particulares, em que se regulem as relações entre o Ordinário do lugar e o Superior do Instituto.
Coordenação dos Institutos missionários
33. Os diversos Institutos que se dedicam à actividade missionária no mesmo território procurem os processos e os modos de coordenar as suas obras. Serão, portanto, de grande utilidade, as Conferências de religiosos e as Uniões de religiosas, em que participem todos os Institutos da mesma nação ou região. Coordenação dos Institutos científicos
34. Como o recto e ordenado exercício da actividade missionária exige que os operários evangélicos se preparem cientificamente para a sua função, sobretudo para o diálogo com as religiões e culturas não-cristãs, e que sejam ajudados eficazmente na execução, é de desejar que colaborem entre si fraterna e generosamente a favor das missões todos os Institutos científicos que estudam missiologia e outras disciplinas ou artes úteis às missões, como a etnologia e a linguística, a história e a ciência das religiões, a sociologia, a pastoral e outras coisas semelhantes.
CAPÍTULO VI
A COOPERAÇÃO
Introdução. Consciência da responsabilidade
35. Dado que a Igreja é toda ela missionária, e a obra da evangelização é um dever fundamental do Povo de Deus, o sagrado Concílio exorta todos a uma profunda renovação interior, para que tomem viva consciência das próprias responsabilidades na difusão do Evangelho e assumam a parte que lhes compete na obra missionária junto dos gentios.
Dever missionário de todo o povo de Deus
36. Como membros de Cristo vivo e a Ele incorporados e configurados não só pelo Baptismo mas também pela Confirmação e pela Eucaristia, todos os fiéis estão obrigados, por dever, a colaborar no crescimento e na expansão do Seu corpo para o levar a atingir, quanto antes, a sua plenitude(1).
Dever missionário das comunidades cristãs
37. Como o Povo de Deus vive em comunidades, sobretudo diocesanas e paroquiais, e é nelas que, de certo modo, se torna visível, pertence a estas dar também testemunho de Cristo perante as nações.
Dever missionário dos Bispos
38. Todos os Bispos, como membros do corpo episcopal, sucessor do Colégio apostólico, são consagrados não só em benefício duma diocese mas para salvação de todo o mundo. O mandato de Cristo de pregar o Evangelho a toda a criatura (5) afecta-os, primária e imediatamente a eles, com Pedro e sob Pedro. Daí nascem aquela comunhão e cooperação das igrejas, hoje tão necessárias para levar a cabo a obra da evangelização. Em virtude desta comunhão, cada uma das igrejas leva em si a solicitude por todas as outras, manifestam umas às outras as próprias necessidades, comunicam entre si as suas coisas, pois a dilatação do corpo de Cristo é dever de todo o Colégio episcopal (6).
Dever missionário dos sacerdotes
39. Os sacerdotes representam a pessoa de Cristo e são cooperadores da ordem episcopal, na tríplice função sagrada, que por sua natureza tem relação com a missão da Igreja (11). Entendam, pois, muito bem que a sua vida foi consagrada também ao serviço das missões. Uma vez que pelo seu mesmo ministério que consiste principalmente na Eucaristia, que aperfeiçoa a Igreja estão em comunhão com Cristo cabeça e trazem os outros a essa comunhão, não podem deixar de sentir quanto falta ainda para o pleno crescimento do corpo e quanto há que fazer, portanto, para que vá crescendo cada vez mais. Organizarão, pois, de tal maneira o trabalho pastoral que contribua para a dilatação do Evangelho entre os não-cristãos.
Dever missionário dos Institutos
40. Os Institutos religiosos de vida contemplativa e activa tiveram até agora e continuam a ter a maior parte na evangelização do mundo. O sagrado Concílio reconhece gostosamente os seus méritos e dá graças a Deus por tantos esforços prestados à causa da glória de Deus e do serviço das almas e exorta-os a prosseguir incansàvelmente na obra começada, sabendo, como sabem, que a virtude da caridade, que por vocação têm de cultivar com mais perfeição, impele e obriga a um espírito e a um trabalho verdadeiramente católicos (13).
Dever missionário dos leigos
 41. Os leigos colaboram na obra de evangelização da Igreja e participam da sua missão salvífica (17), ao mesmo tempo como testemunhas e como instrumentos vivos sobretudo se, depois de chamados por Deus, são incorporados pelos Bispos nesta empresa.
CONCLUSÃO
42. Os Padres do Concílio, em união com o Romano Pontífice, sentindo vivamente a obrigação de difundir por toda a parte o reino de. Deus, saudam muito afectuosamente todos os pregadores do Evangelho, sobretudo aqueles que sofrem perseguição pelo nome de Cristo, e associam-se aos seus sofrimentos (20).
Também eles se sentem inflamados do mesmo amor em que Cristo ardia pelos homens. Mas, conscientes de que Deus é quem faz com que o seu reino venha ao mundo, unem as suas preces às de todos os cristãos para que, por intercessão da Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, as nações sejam quanto antes conduzidas ao conhecimento da verdade (21) e a glória de Deus, que resplandece no rosto de Jesus Cristo, comece a brilhar para todos pelo Espírito Santo (22).
 
Roma, 7 de Dezembro de 1965
PAPA PAULO VI

Documentos da Igreja.

Durante a III Assembléia do Povo de Deus foi falado muitos nomes de documentos da Igreja, mas o que significam de que assuntos eles tratam.
  1. Ad Gentes;
  2. Vaticano II;
  3. Santo Domingo;
  4. Aparecida;
  5. Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil;
  6. Diretrizes da Prelazia.
Vamos procurar dar uma visão geral sobre cada um e sobre que assuntos eles tratam.

Depois dos conhecimentos biblicos conhecer os documentos da igreja vai nos tornar um católico mais consciente.

Boa Leitura.