quarta-feira, 17 de abril de 2019

Papa Francisco fala: AOS JOVENS E A TODO O POVO DE DEUS (cont)

A SUA JUVENTUDE ILUMINA-NOS
30. Estes aspectos da vida de Jesus podem servir de inspiração a todo o jovem que cresce e se prepara para cumprir a sua missão. Isto implica amadurecer na relação com o Pai, na consciência de ser um dos membros da família e da aldeia, e na disponibilidade a ser cumulado do Espírito e guiado no cumprimento da missão que Deus lhe confia, a sua vocação. Nada disto deveria ser ignorado na pastoral juvenil, para não criar projetos que isolem os jovens da família e do mundo, ou que os transformem numa minoria seleta e preservada de todo o contágio. Precisamos, sim, de projetos que os fortaleçam, acompanhem e lancem para o encontro com os outros, o serviço generoso, a missão.
31. Não é de longe nem de fora que Jesus vos ilumina, a vós jovens, mas a partir da própria juventude que partilha convosco. É muito importante contemplar o Jesus jovem
que os Evangelhos nos mostram, porque foi verdadeiramente um de vós e, n’Ele, é possível reconhecer muitos traços dos corações jovens. Vemo-lo, por exemplo, nas
seguintes caraterísticas: «Jesus teve uma confiança incondicional no Pai, cuidou da amizade com os seus discípulos e, até nos momentos de crise, permaneceu fiel a eles.
Manifestou uma profunda compaixão pelos mais fracos, especialmente os pobres, os doentes, os pecadores e os excluídos. Teve a coragem de enfrentar as autoridades religiosas e políticas do seu tempo; viveu a experiência de Se sentir incompreendido e descartado; experimentou o medo do sofrimento e conheceu a fragilidade da Paixão; dirigiu o seu olhar para o futuro, colocando-Se nas mãos seguras do Pai e confiando na força do Espírito. Em Jesus, todos os jovens se podem rever».
32. Por outro lado, Jesus ressuscitou e quer fazer-nos participantes da novidade da sua ressurreição. Ele é a verdadeira juventude dum mundo envelhecido, e é também a juventude dum universo que espera, por entre «dores de parto» (Rm 8, 22), ser revestido com a sua luz e com a sua vida. Junto d’Ele, podemos beber da verdadeira fonte que mantém vivos os nossos sonhos, projetos e grandes ideais, lançando-nos no anúncio da vida que vale a pena viver. Em dois detalhes interessantes do Evangelho de Marcos, podemos notar a chamada à verdadeira juventude dos ressuscitados: na paixão do Senhor, aparece um jovem medroso que procurava seguir Jesus, mas fugiu nu (cf. 14, 51-52), um jovem que não teve a força de arriscar tudo para seguir o Senhor; enquanto, junto do túmulo vazio, vemos um jovem «vestido com uma túnica branca» (16, 5), que convidava a vencer o medo e anunciava a alegria da ressurreição (cf. 16, 6-7).
33. O Senhor chama-nos a acender estrelas na noite doutros jovens; convida-nos a olhar os verdadeiros astros, ou seja, aqueles sinais tão variados que Ele nos dá para não ficarmos parados, mas imitarmos o semeador que observava as estrelas para poder lavrar o campo. Deus acende estrelas para nós, a fim de podermos continuar a caminhar: «Às estrelas que brilham alegremente nos seus postos, Ele chama-as e elas respondem» (Br 3, 34-35). Mas o próprio Cristo é, para nós, a grande luz de esperança e guia na nossa noite, pois Ele é «a brilhante estrela da manhã» (Ap 22, 16).
(C

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